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Investimento da Yara chegará a quase R$ 2 bilhões em Rio Grande

Quando anunciou a expansão e a modernização da sua planta de fertilizantes em Rio Grande, em 2016, a Yara estimava em um pouco mais de R$ 1 bilhão o investimento no empreendimento. No ano passado, esse cálculo já havia subido para R$ 1,5 bilhão e, agora, ocorreu um novo aumento da projeção: algo próximo de R$ 2 bilhões, provavelmente R$ 1,9 bilhão.

O presidente da Yara Brasil e vice-presidente-executivo da Yara Internacional, Lair Hanzen, detalha que houve uma série de percalços durante a obra, aspectos relacionados à qualidade do solo (que tinha mais areia do que constatado na análise inicial), inflação de materiais como cimento e aço, e erros de engenharia, que forçaram o redesenho do projeto, entre outros pontos. A iniciativa significa basicamente duplicar a capacidade da unidade em Rio Grande.

A empresa está aumentando a capacidade de produção de fertilizantes no complexo de 650 mil toneladas ao ano para 1,2 milhão de toneladas anuais, e o potencial de mistura passará de 1,5 milhão de toneladas para 2,6 milhões de toneladas. Além disso, a unidade incrementará a sua armazenagem. A companhia produz, em Rio Grande, basicamente dois fertilizantes: o superfosfato simples e o YaraBasa. Hanzen informa que as obras do empreendimento já passaram do patamar de 80%, e a conclusão completa da iniciativa deve acontecer ao final de 2020, deixando a fábrica apta a operar a plena capacidade no começo de 2021 (o que representa em torno de um ano de atraso, em relação ao cronograma original).

“Será o maior e mais moderno complexo da América Latina pela combinação de produção e distribuição, associada com o porto”, enfatiza o executivo. Hanzen destaca, ainda, o avanço tecnológico da planta, sendo a primeira unidade de fertilizantes do Brasil a possuir um sistema de ensaque e de carregamento de fertilizantes totalmente automatizado.

Sobre o atual patamar do dólar, o executivo argumenta que essa moeda estando valorizada, embora “doa” em vários segmentos da economia, para a maioria dos setores do agronegócio é um fator saudável. “O Brasil é um mercado voltado para a exportação (no agronegócio), portanto cotado em dólar”, frisa. No entanto, a despesa do produtor não está totalmente atrelada à moeda estrangeira, complementa. Conforme o presidente da Yara Brasil, o principal problema nesse campo é variação cambial.

Jornal do Comércio, 28/11/2019

Fonte da Imagem: Freepik

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