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Superavit de julho é US$ 8,917 bi; demanda assegurou embarque de 8,199 milhões (t) de milho

Balança comercial de Mato Grosso encerra julho com superavit de US$ 8,917 bilhões. O saldo acumulado desde janeiro deste ano está 8% abaixo do 7 primeiros meses de 2018, quando alcançou US$ 9,697 bilhões. A diferença é efeito da diminuição de 3,4% no faturamento com as exportações e aumento de 59,4% nas importações.

 

A balança comercial é superavitária quando as exportações superam as importações. Situação inversa resulta em déficit. De janeiro até julho deste ano foram movimentados US$ 10,044 bilhões com as vendas externas de 28,440 milhões de toneladas de produtos mato-grossenses.

 

Predominam os embarques de grãos, fibras, carnes e madeira. Em 2018, no mesmo intervalo, foram destinadas ao mercado internacional 26,340 milhões (t) de produtos locais ao valor total de US$ 10,404 bilhões. Apesar do aumento anual de 8% na quantidade de itens exportados, o saldo financeiro resultante do comércio internacional de Mato Grosso com outros países foi menor (-3,4%).

 

Resultado diferente foi observado com as importações, que cresceram 59,4% em faturamento e 45,2% em volume nos 7 primeiros meses de 2019 no Estado, comparado com igual intervalo de 2018.

 

Enquanto este ano foram investidos R$ 1,126 bilhão na aquisição de 3,186 milhões de toneladas de produtos importados até julho, no mesmo período do ano passado as compras de 2,193 milhões (t) de itens fabricados fora do Brasil movimentaram R$ 706,785 milhões. De fornecedores internacionais Mato Grosso demanda, principalmente, insumos para atividade agropecuária, como fertilizantes, inseticidas, máquinas agrícolas e pneus.

 

Valores e detalhamento dos produtos são descritos pelo Ministério da Economia, Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic). “As importações, quando bem aplicadas, denotam investimento e isso é positivo”, pondera o economista Vitor Galesso. Segundo ele, a reorganização da política de incentivos fiscais em Mato Grosso na gestão anterior favoreceu o aumento dessas operações comerciais.

 

Quanto às exportações, Galesso considera que as restrições em âmbito internacional dificultaram as vendas de produtos brasileiros e mato-grossenses. “O país vira as costas para o que tinha planejado anteriormente e muda um pouco o perfil. Acaba tendo queda de negócios e de preços, com perda no valor das exportações”.

 

Brasil

 

Queda na venda de produtos brasileiros para outros países em julho contribuiu para a baixa de 16,3% no superávit da balança comercial este ano, ante igual período de 2018. Nos 7 primeiros meses de 2019, o superávit comercial foi de US$ 28,369 bilhões, contra US$ 33,891 bilhões no mesmo intervalo do ano passado.

 

As exportações somaram US$ 129,896 bilhões, retração de 4,7% na comparação com 2018, pela média diária. As importações totalizaram US$ 101,527 bilhões, recuo de apenas 0,9%. Segundo o subsecretário de Inteligência e Estatísticas de Comércio Exterior do Ministério da Economia, Herlon Brandão, a maior parte da queda do saldo em julho é explicada pela soja, cujo valor exportado caiu 34,6% em julho deste ano em relação ao mesmo mês do ano passado, e pelo petróleo, cujas vendas recuaram 61,2% na mesma comparação. “Sozinhos, esses dois produtos responderam por 57% da queda do superávit comercial”, destaca.

 

O Bom da Notícia, 12/08/2019

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