Produção

Rio Verde Minerals anuncia projeto de potássio em SE

A Rio Verde Minerals, empresa canadense criada para investir em fertilizantes no Brasil, anunciou hoje ao governador de Sergipe, Marcelo Deda, que irá desenvolver um projeto de potássio orçado em R$ 3,5 bilhões no Estado. Segundo o geólogo Luiz Carlos Clerot, da Rio Verde, a estimativa inicial aponta para uma reserva de 300 milhões de toneladas de carnalita e silvinita, minerais que contêm sais de potássio.
O projeto da Rio Verde está localizado a 40 quilômetros das reservas de potássio da Petrobras cobiçadas pela mineradora Vale. Hoje, esta empresa já tem a concessão da mina de Taquari-Vassouras, mas negocia a possibilidade de produzir potássio na mina de carnalita também em Sergipe. Com capacidade de produzir 1,2 milhão de toneladas, o projeto esbarra na resistência da Petrobras em liberar a área, onde a estatal também descobriu petróleo.
Segundo Clerot, a Rio Verde pretende fazer novas perfurações em sua área para determinar o tamanho exato da reserva descoberta pela mineradora. Os ativos da companhia se estendem por três municípios: São Cristóvão, Aracaju e Nossa Senhora do Socorro.
Criada em dezembro de 2010, a empresa abriu o capital na Bolsa de Toronto em agosto deste ano para levantar recursos para seus projetos de sondagens e exploração no setor de fertilizantes no Brasil. A decisão de mirar na produção de potássio tem como pano de fundo a forte dependência brasileira, que importa cerca de 90% de seu consumo anual. A Vale é a única produtora do minério no País em Taquari-Vassouras. O problema é que a mina, que vem sendo explorada pela companhia desde 1991, deve se esgotar nos próximos anos. Por isso, a Vale busca um acordo com a Petrobras para garantir novos direitos de exploração na área para desenvolver outro projeto.
Além desse projeto de potássio, a Rio Verde desenvolve no País o Fosfatar, próximo a Belém, no Pará. A expectativa é de que essa mina de fosfato entre em operação no primeiro semestre de 2012, com capacidade plena de 150 mil toneladas de fosfato até o primeiro trimestre de 2013. O Brasil importa cerca de 50% do volume total consumido no País. O potássio e o fosfato são dois nutrientes que, junto com o nitrogênio, servem de insumo para a preparação de fertilizantes.

Agência Estado, 09/12/2011

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