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Megaprojeto de fosfato da Argélia vê dificuldades em ser concluído

Enquanto o megaprojeto de fosfato argelino está passando por um período difícil, o grupo OCP marroquino continua consolidando sua liderança global.

Esperava-se que o projeto ao leste da região de Tebassa fortalecesse a competitividade da indústria argelina de fosfato nos mercados globais e continentais. Contudo a instabilidade política que o país tem vivido vem dificultando avanços no projeto.

No último dia 16, a companhia estatal de energia da Argélia (AEC) anunciou que nenhum candidato havia respondido ao pedido do governo da Argélia para atrair investidores estrangeiros para a fase de construção. do projeto.

A falta de licitantes para se juntar aos esforços do governo argelino significa que nem a fábrica de fertilizantes em Annaba, uma cidade portuária no norte da Argélia, nem a usina de dessalinização de Guerbes serão concluídas dentro do cronograma, declarou a AEC. 

Além de produzir fertilizante de qualidade para os agricultores domésticos e criar empregos em áreas próximas às fábricas, a Argélia esperava competir com o Marrocos nos mercados global e continental de fosfato.

Com um investimento de US$ 10 bilhões, esperava-se que o megaprojeto elevasse a Argélia entre os principais produtores mundiais de fertilizantes. Em 2022, a produção anual de fertilizantes argelinos aumentaria exponencialmente do nível atual de 1,5 a 10 milhões de toneladas.

Enquanto isso, em termos de comércio internacional, o projeto também tornaria a Argélia uma participante chave no mercado global. Se o projeto tivesse sido concluído no prazo, a previsão para 2022 era de que a Argélia exportasse até 3 milhões de toneladas de fertilizantes, tornando o país um forte concorrente do grupo OCP marroquino.

Os atrasos tem muitas razões, mas os observadores veem a atual situação política do país como um fator importante. Embora não se saiba se todas as projeções teriam se materializado como planejado se as manifestações contra o governo não tivessem ocorrido, a estrutura geral do projeto não teria sido alterada como é agora.

De acordo com o portal Maghreb Confidentiel, o megaprojeto argelino recebido pela comunidade empresarial mundial com entusiasmo.

Os gigantes da construção e da engenharia, como a CITIC, da China, mostraram grande interesse na construção de instalações de processamento de fosfato. No entanto, desde a prisão de líderes políticos e empresários que eram os principais porta-vozes da empresa na Argélia, o entusiasmo pela sociedade diminuiu consideravelmente.

Ao mesmo tempo, enquanto o projeto de fosfato na Argélia está em baixa, o grupo OCP continua a multiplicar seus sucessos, expandir seu alcance global e estabelecer relações de trabalho com vários governos africanos. A empresa anunciou recentemente um aumento global das receitas no primeiro trimestre de 2019.

Ttcgroupe 28/05/2019

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