Novas Tecnologias

Resíduo vira fertilizante em Jundiaí

Com o objetivo de aproveitar o potencial benéfico do lodo de esgoto gerado na Estação de Tratamento de Esgoto de Jundiaí (ETEJ) e ao mesmo tempo eliminar os riscos ambientais de sua disposição, a Companhia Saneamento de Jundiaí (CSJ) conta com um sistema de compostagem termofílica. A partir deste processo, o lodo de esgoto, que é rico em matéria orgânica e nutrientes, é transformado em fertilizante orgânico com um grande potencial de utilização na agricultura.

A coordenadora de meio ambiente da CSJ, Ana Paula Fernandes Abrahão, esclarece que em 2018 foram removidos mais de 22 mil metros cúbicos de lodo de esgoto no processo de tratamento. “Nós transformamos o principal resíduo do tratamento de esgoto em produto de uso seguro na agricultura, deixando de descartá-lo no aterro sanitário. Nos últimos 18 anos transformamos 407,8 mil toneladas de lodo de esgoto em fertilizantes, o equivalente a 164 piscinas olímpicas cheias”.

Ela explica que o lodo é misturado a podas urbanas picadas, bagaço de cana-de-açúcar, cascas de eucalipto, entre outros resíduos orgânicos, onde o processo acontece pela ação natural de uma intensa atividade de micro-organismos. “Neste processo todo o material é higienizado, eliminando organismos causadores de doenças aos homens e animais, dando origem ao fertilizante orgânico composto classe D, registrado no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA)”.

O monitoramento constante no esgoto recebido garante baixos teores de metais pesados no lodo, permitindo o uso seguro do composto. “Ele também é aditivado com outros insumos agrícolas como calcário e gesso para melhorar a qualidade do produto final”, conta Ana Paula.

O lodo devidamente tratado, após passar pelo processo de compostagem, passa a ser denominado de fertilizante orgânico composto classe D, registrado no MAPA como produto de uso seguro. “Este fertilizante pode ser utilizado em diversas culturas, sendo contraindicado apenas para hortaliças, pastagens, raízes e tubérculos”, ressalta.

JornaldeJundiaí 05/06/2019

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo