Negócios

Wilmar compra 10% da Goodman Fielder, da Austrália

A cingalesa Wilmar International anunciou ontem à noite a compra de uma fatia de 10,1% da Goodman Fielder, uma das maiores fabricantes de alimentos da Austrália, por A$ 115 milhões (US$ 124 milhões). Por meio de nota, a companhia disse que pretende elevar sua participação na Goodman, cujas ações dispararam 33% na Bolsa de Sydney após o anúncio.

O primeiro investimento da Wilmar, uma das grandes tradings mundiais de commodities agrícolas, em terras australianas ocorreu em dezembro de 2010, quando comprou as operações de açúcar da gigante CSR, por A$ 1,75 bilhão. Desde então, adquiriu a Proserpine Cooperative Sugar Milling Association, em dezembro de 2011, por A$ 120 milhões. Com essa última aquisição, tornou-se a maior produtora de açúcar refinado e demerara da Austrália que, por sua vez, é um dos maiores exportadores da commodity.

Com a aquisição de 10% da Goodman Fielder, a Wilmar se tornou o maior acionista da empresa, que tem capitalização de mercado de A$ 1,34 bilhão. A Goodman produz pães, bolos, doces, lácteos, ingredientes para alimentos e óleos comestíveis, todos produtos que complementam os negócios no setor de alimentos da companhia cingalesa.

Analistas australianos acreditam que a Wilmar está particularmente interessada na divisão de gorduras e óleos, que a Goodman tinha colocado à venda junto com as operações de moagem. Andy Bowley, do Citi, disse que o interesse da trading da australiana ocorre em um momento em que a trading vê seu lucro deprimido em suas atuais operações.

O analista de consumo da Nomura David Cooke disse em nota que dadas suas dificuldades para obter rentabilidade, a Goodman Fielder precisa de recursos para tornar-se um player estratégico no médio e longo prazo.

Os negócios da Wilmar incluem o cultivo de óleo de palma, processamento de oleaginosas, refino de óleos comestíveis, refino de açúcar, gorduras especiais, óleos químicos, biodiesel e fertilizantes, entre outros. A companhia tem 300 plantas espalhadas pelo mundo e emprega mais de 90 mil pessoas. As informações são da Dow Jones.

Agência Estado, 28/02/2012

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