Negócios

Eleição de Biden pode deixar o agronegócio no Brasil em desvantagem

A política de negócios adotada por Donald Trump prejudicou a agropecuária dos EUA e favoreceu a do Brasil. O novo presidente, Joe Biden, não vai alterar esse jogo de imediato, mas promete fazer algo que deve preocupar muito os agricultores brasileiros.  

Segundo ele, a política comercial deve começar em casa, com uma garantia de segurança alimentar. Os acordos virão depois. O novo presidente promete, no entanto, enormes investimentos em infraestrutura, contemplando ferrovias, rodovias e banda larga. 

Esses são exatamente os gargalos do agronegócio do Brasil. Os brasileiros, embora apresentem uma evolução produtiva ano a ano, não têm muito fôlego para competir com outros grandes produtores mundiais, como Estados Unidos e Argentina, nesse campo de custos logísticos. 

Brasil e Estados Unidos são competidores vorazes em praticamente todos os produtos agrícolas. O comércio bilateral entre os dois nesse setor é muito pequeno. A atuação americana no comércio exterior, porém, afeta muito o Brasil. 

Seguramente a nova política agrícola do governo Biden terá como foco uma convergência entre agricultura e clima. Para os brasileiros, essa opção tem dois lados. Primeiro, o país vai ter de dar rumos à política ambiental para não ficar isolado. Há uma dificuldade por parte do setor em reconhecer erros e apresentar soluções. 

Em segundo lugar, Biden promete liderar a execução de uma economia mundial limpa. Nesse campo, o Brasil tem muito a oferecer, principalmente na produção e exportação de produtos ligados a esse setor, como o etanol. 

Esse comitê é responsável pela liberação de vultosas quantias de dólares para subsídio agrícola, seguro e programas de compra de alimentos. Os novos pretendentes ao cargo são da área urbana. O segundo turno da eleição dos dois senadores da Geórgia, um estado agrícola, também será importante para Biden. Ele poderá dar o Senado aos democratas, facilitando as aprovações do governo. Essa definição só ocorrerá em janeiro. 

Portos e Navios, 10/11/2020

Fonte da Imagem: Pxhere

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