Negócios

Contrato de Vale e ADM é ampliado

Quase 2 milhões de toneladas de produtos agrícolas originados ou processados pela ADM no Brasil serão escoadas pela malha logística da Vale em 2012. No ano passado, segundo a mineradora, os volumes movimentados para a multinacional americana somaram 615 mil toneladas. Em negociações concluídas recentemente, foi acordado o incremento de 215% do total.
Segundo Elton Pássaro, gerente-geral comercial da Vale, as cargas que serão transportadas incluem soja, milho e farelo de soja. O contrato, esclarece a empresa, “prevê a utilização de soluções que interliguem linha férrea e terminais ferroviários aos complexos portuários de Ponta da Madeira (MA), Santos (SP) e Tubarão (ES). Os detalhes financeiros da transação não foram divulgados.
“Trata-se do aumento da participação de um cliente considerado importante pela Vale”, diz Pássaro. Antes do novo acordo, a ADM usava apenas um dos corredores de escoamento da Vale – de Araguari, no Triângulo Mineiro, até o porto de Vitória (ES). Agora, a múlti também utilizará o corredor que liga Araguari ao porto de Santos e o que une Colinas (TO) até Ponta da Madeira.
Com esse último trecho, destaca a Vale, a ADM volta a transportar soja no Sistema Norte, pela Ferrovia Norte-Sul. “Com o terminal de grãos no porto de São Luís [Tegram, em fase de elaboração de projeto], esse trecho norte vai crescer”, diz Pássaro. No trecho entre Araguari e Santos, o contrato também representa, para a Vale, movimento agrícola novo em um ramo sem operações com produtos do setor no ano passado.
Procurada, a ADM não se pronunciou sobre o novo contrato com a Vale. A múlti é uma das maiores tradings de grãos do mundo. No Brasil, a soja é o carro-chefe dos negócios. A empresa tem quatro unidades de processamento da oleaginosa no país, com capacidade conjunta para 4 milhões de toneladas por safra. Além disso, exporta o grão.
Em todas as suas áreas de negócios, incluindo fertilizantes e cadeias como a sucroalcooleira, transporta mais de 15 milhões de toneladas por ano. Em informações divulgadas recentemente ao Valor, a empresa realçou que, além do transporte fluvial pelas hidrovias Tietê-Paraná e Paraguai-Paraná, seu escoamento contava com o suporte de operações próprias nos portos de Santos, Tubarão, Paranaguá (PR), São Francisco do Sul (SC), Rio Grande (RS), Ponta da Madeira e Aratu (BA).

Valor Econômico, 10/01/2012

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