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Baianos querem mais negócios com Oriente Médio

A Bahia quer ampliar os negócios com o Oriente Médio e a África. Nesse sentido, a Federação das Indústrias do Estado (Fieb), por meio de seu Centro Internacional de Negócios (CIN), pretende incentivar a participação de empresas baianas na missão comercial que o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) vai promover à Arábia Saudita e aos Emirados Árabes Unidos em fevereiro.
“A Bahia com certeza tem grande interesse em desenvolver sua participação nesses mercados”, disse a gerente do CIN, Patrícia Orrico, nesta terça-feira (13). Na segunda-feira a Fieb sediou, em Salvador, o seminário Mercado Foco: África e Oriente Médio, com participação da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) e da Câmara de Comércio Árabe Brasileira.
Patrícia ressaltou que algumas empresas baianas já exportam para essas regiões, mas os mercados oferecem mais oportunidades, “inclusive para pequenas empresas com produtos de maior valor agregado”. A plateia do seminário foi composta, em sua maioria, por representantes de companhias de pequeno e médio portes.
Entre os setores onde os negócios são mais promissores, ela citou os de moda, gemas e joias, calçados, alimentos, bebidas, especialmente a base de frutas, rochas ornamentais e cosméticos.
Os baianos querem também atrair investimentos externos, segundo o diretor de Desenvolvimento e Relações Internacionais da Superintendência de Desenvolvimento Econômico da Secretaria da Indústria, Comércio e Mineração do Estado, Ricardo Vieira, que participou do seminário.
Como exemplo de área a ser explorada, ele citou a mineração, pois foram descobertas jazidas de diversos minerais no Estado recentemente, que serão levadas a leilão. Entre os itens descobertos, Vieira citou minério de ferro, manganês, lítio, pedras preciosas e urânio. O governo baiano, porém, não quer atrair apenas empresas interessadas em extrair os produtos, mas também em processá-los.
Outro segmento a ser destacado, segundo ele, é o de infraestrutura, principalmente por meio de parcerias público-privadas (PPPs). Vieira disse que o governo baiano pretende intensificar os contatos com câmaras de comércio, embaixadas e órgãos de outros países com o objetivo de organizar ações de promoção.
As apresentações no seminário foram feitas pelo CEO da Câmara Árabe, Michel Alaby, e pelo analista de Inteligência Comercial da Apex, Ulisses Pimenta. O primeiro falou sobre como negociar com países árabes e o segundo do potencial dos dois mercados.
A Bahia é o nono maior estado exportador do Brasil, segundo o MDIC. Entre os principais produtos comercializados estão combustíveis, pasta de madeira, petroquímicos, grãos, fios de cobre, algodão, veículos e autopeças, pedras e metais preciosos, farelo de soja, pneus e borrachas, cacau, plásticos, café e frutas.
O Estado é grande importador de petróleo e derivados, principalmente nafta, veículos e peças, minérios, especialmente cobre, bens de capital, material elétrico, fertilizantes, borracha, produtos químicos, entre outros.

ANBA, 13/12/2011

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