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Logística: Ampliação vai depender de recursos federais

A fila de navios à espera para atracar expõe um problema antigo do Porto de Paranaguá. A falta de investimento em infraestrutura continua sendo o principal gargalo de um dos maiores portos graneleiros do Brasil. A expectativa é de que parte do dinheiro necessário para modernizar a autarquia seja liberado pelo governo federal por meio do Plano de Aceleração do Crescimento 2 (PAC 2). A Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) estima que são necessários cerca de R$ 2 bilhões para realizar todas as benfeitorias, mas não dispõe dos recursos.

“O aumento da produtividade é o que tem que ser atacado em Paranaguá. O ideal é uma capacidade de operação muito maior”, diz o assessor da Federação de Agricultura do Paraná (Faep), Nilson Hanke Camargo.

A Appa planeja aumentar em 30% o potencial do atual corredor de exportação por meio da modernização dos equipamentos. A capacidade de embarque atual é de 9 mil toneladas/hora. Ao trocar de algumas peças dos seis shiploaders (carregador de navios), elevaria a capacidade individual do maquinário de 1,5 mil para 2 mil toneladas/hora. “Muitas máquinas são obsoletas. Tem que modernizar”, aponta Camargo.

Outra reivindicação dos exportadores é a construção de novos berços de atracação. Existe um projeto para instalação de um píer formando uma espécie de “T” avançado no mar e perpendicular aos berços atuais. Ao invés de três, sete navios poderiam atracar ao mesmo tempo para carregar grãos.

A administração da autarquia também estuda propostas para a cobertura dos berços do corredor de exportação. A proteção evitaria que o trabalho de carregamento dos navios fosse paralisado ao primeiro aguaceiro. O mau tempo é o maior responsável por perdas de prazos e de qualidade das cargas a granel.

Gazeta do Povo, 07/05/2012

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