Logística

Novo modelo de escoamento do Porto de Paranaguá prevê aumento de fluxo e poderá impactar frete

A administração dos Portos do Paraná desenvolveu um projeto em parceria com a empresa Rumo para melhorar e gerar novas alternativas ao sistema ferroviário no Porto de Paranaguá (PR). A ideia é criar um novo modelo de gestão e concentração para potencializar a descarga dos granéis sólidos desembocados no porto, que exporta aproximadamente 18 milhões de toneladas por ano.

O projeto, apresentado na reunião mensal da ATEXP (Associação dos Terminais do Corredor de Exportação de Paranaguá), ainda está em fase de discussões e prevê benefícios tanto para toda a cadeia logística do porto, que engloba principalmente velocidade, escoamento e gestão, quanto para a concessão ferroviária.

Segundo o diretor de engenharia de manutenção da Portos do Paraná, Rogério Parzellay, o maior ganho do novo modelo será a construção de uma moega (instalação para receber e destinar graneis sólidos às correias transportadoras) exclusiva para a descarga dos trens no Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá. “A ideia é que tenhamos uma capacidade de descarga mais estruturada dos vagões, o que nos dará maior capacidade de escoamento.”

O diretor ainda disse que, em princípio, seriam três linhas independentes de correias transportadoras, o que traria maior capacidade de atendimento por parte do porto. “Cada linha teria a capacidade independente de receber mais de 50 vagões. Isso irá acelerar muito a entrega e o armazenamento dos produtos.”

No projeto, as correias estariam conectadas aos terminais arrendados pela Portos do Paraná: Cargill, Centro Sul, Dreyfus, Cotriguaçu e Interalli.

Ainda segundo o diretor, apesar do aumento do escoamento e da melhoria na gestão da malha ferroviária, o projeto pode trazer impacto no frete do transporte. “Esse é um projeto de cunho privado e sem gastos para o estado. Isso poderá influenciar no frete dos produtos, uma vez que é necessário custear esses novos gastos.”

 

Agência iNFRA, 01/08/2019

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