Logística

Governador diz que em dois anos viabiliza porto para exportação

O governador do Amapá, Camilo Capiberibe (PSB), garantiu ontem, durante visita a Sorriso e Lucas do Rio Verde, que em dois anos conclui a ampliação no Porto de Santana (AP) e a estrutura ficará pronta para escoar a safra mato-grossense de grãos. O chefe do Executivo amapaense visualiza, nesse prazo, importante parceria econômica entre os dois estados, por meio de uma rota de transporte de grãos a ser viabilizada.
Capiberibe destacou que o porto, que fica a 150 quilômetros do Oceano Atlântico e tem capacidade para receber navios de até 50 mil toneladas, será a opção mais viável economicamente para os produtores de Mato Grosso exportarem sua produção. “Vamos construir um terminal graneleiro e por isso estamos aqui para uma parceria em que os dois Estados vão ganhar. Teremos o Porto de Santana como opção de transporte que pode baratear o frete em 30%”, atesta o governador.
Além dos investimentos na estrutura portuária, será necessário concluir a BR-163 até o Porto de Santarém (PA) – que está sendo pavimentada pelo governo federal. De lá, os grãos seguiriam via balsa até o Amapá e somente depois seriam embarcados em navios. Contudo, Capiberibe garante que todo esse emprego logístico ainda vai compensar. “Exportar via Porto de Santana economizará o frete marítimo, que é o mais caro nessa engrenagem de transporte para fazer a safra chegar à Ásia, Estados Unidos ou Europa”, aduz.
A conta feita pelo governador do Amapá leva em consideração que a produção mato-grossense também viajará menos em cima de carretas, já que a distância do Médio Norte de Mato Grosso até Santarém será cerca de mil quilômetros mais perto do que rumo aos portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR). “Falamos em 30% na hora de exportar o produto grão, nem falamos em contabilizar o retorno com frete de insumos como fertilizantes para a produção”, comenta.

Mato Grosso é o segundo maior produtor de grãos do país, com cerca de 19,5% da produção nacional – o primeiro é o Paraná com 19,6% – e estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) preveem que os agricultores mato-grossenses vão, já na atual safra de soja, milho e algodão, produzir volume maior que os paranaenses. Ambos os estados vão tirar do solo cerca de 31,2 milhões de toneladas de produtos cada.

Olhar Direto, 22/11/2011

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